Como pastor, sempre
me interessei pelo comportamento cristão. Tenho muitas histórias e testemunhos
de cristãos verdadeiramente piedosos que mesmo sendo imperfeitos, procuravam e
procuram fazer a vontade do Senhor custe o que custar. Porém, quantas vezes não
fiquei estarrecido (e até envergonhado) com certos membros de igrejas que
manifestam comportamentos que destoam drasticamente do que preconizam as
Escrituras? Não me coloco neste momento como alguém que julga tais
comportamentos, mas como alguém que os analisa e tenta encontrar uma razão para
tal fenômeno acontecer. Então nesta tarefa cheguei à conclusão que tais
comportamentos são originados em nossas fraquezas.
Desonestidade,
avareza, incredulidade, rancor, falta de amor, falta de paciência, cobiça,
gula, desejos carnais, preguiça, truculência, etc. O fato é que todos nós temos
uma ou mais fraquezas que se não observadas com seriedade comprometerão nossa
postura cristã diante do mundo. Precisamos lembrar que nosso testemunho diante das
pessoas é algo irrevogável desde o momento em que aceitamos seguir a Cristo (At
1:8). Mas antes do testemunho, o que na verdade mais me preocupa em relação às
fraquezas que temos é como as apresentamos diante de Deus.
De
maneira genérica podemos colocar nossas fraquezas diante do Senhor de duas
maneiras: como algo que gostaríamos que fosse trabalhado pelo Espírito ou como
algo que nos justifica quando erramos.
Se
usamos nossas fraquezas para justificar nossas falhas e falta de caráter
cristão, corremos o risco de não queremos superá-las para sempre ter algo com
que nos “justificar” diante de Deus. Por outro lado, quando reconhecemos que as
fraquezas que temos são elementos que ainda precisam ser trabalhados pelo
Espírito Santo em nossas vidas, caminhamos na direção de superá-las para a
glória de Deus Pai em Cristo Jesus.
O
que precisamos entender é que as fraquezas não são o que nos define como
cristãos. O que nos define como cristãos é a ação contínua do Espírito de Deus
moldando, corrigindo, reformulando, reconfigurando o nosso caráter e a nossa
personalidade. Talvez seja por essa razão que o apóstolo Paulo disse que o “Espírito nos ajuda em nossas fraquezas”
(Rm 8:26).
*Pr. Edivaldo Rocha
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