sábado, 26 de março de 2011

Intercâmbio com a Igreja Batista Feitosa


JOVENS CHAMADOS PARA SEREM BÊNÇÃOS
Intercâmbio com a Igreja Batista Feitosa
*Pr. Edivaldo Rocha

O tema que recebemos para esta noite é “JOVENS CHAMADOS PARA SEREM BÊNÇÃOS”.  É um tema que nos abre a reflexão acerca da ação do Senhor nosso Deus sobre nossas vidas, pois Deus é que efetua em nós ou realiza em nossas vidas o seu querer. E o seu querer é bênção do Senhor. Mas vocês já conseguiram perceber um detalhe desse tema? Jovens chamados para serem bênçãos. Vocês conseguiram perceber que a temática que muitas denominações, que se propõem massificar o evangelho, têm outro slogan para seus crentes? Se essas denominações elaborassem esse tema para hoje, ele ficaria da seguinte maneira: JOVENS CHAMADOS PARA SEREM ABENÇOADOS.
             A propaganda que muitas igrejas usam, visa unicamente àquele que frequenta os cultos. Algumas igrejas ainda dizem, “quer ser abençoado? A sua bênção está aqui”.
Não há nada de errado em querer ser abençoado, ou buscar a sua bênção em algum lugar. O problema é agir como se Deus fizesse dessas igrejas um centro de distribuição exclusivo da sua bondade. Como se em outro lugar as pessoas não encontrassem a graça divina.
            Isso tudo nos faz pensar sobre o tema que escolhemos para trabalhar nesta noite. Embora as expressões “ser bênção” e “ser abençoado” tenham uma relação muito estreita, há uma grande diferença do ponto de vista de atuação do Senhor em cada uma delas.
            Ser abençoado é algo direcionado para aquele que recebe a bênção de modo especial. Por mais que outras pessoas possam ser agraciadas com o novo estado (de abençoado) daquele que recebeu o presente de Deus, a ação principal é local, é específica.
            Nesse sentido, o grande pregador, Charles Spurgeon, disse
Deus nos abençoa muitas vezes, cada vez que nos abençoa”.
É como se Deus nos abençoasse derramando sobre nós bênçãos como quem derrama água com um balde sobre as pessoas. Por exemplo, se eu pegasse um balde cheio d’água para derramar sobre a cabeça de alguém aqui sentado nesses bancos, eu iria molhar semente ele? Não! As pessoas que estão a sua volta também seriam molhadas. E à medida que a distância aumentasse, menos seria a ação da água derramada sobre essas pessoas.
            Essa é mais ou menos a ideia da expressão “ser abençoado”. Por mais que outras pessoas sejam atingidas com a ação divina, há um alvo específico.
            Por outro lado, a expressão “ser chamado para ser bênção” ganha uma conotação totalmente diferente, pois o jovem que é chamado para ser bênção, ele deixa de ser o alvo para ser o agente. Ele sai da passividade para atuar na vida dos outros. Ele não vai mais esperar par que derramem sobre ele a Água Viva do Senhor, mas ele derramará sobre os outros dessa água.
            Este é o exemplo que encontramos no livro do profeta Isaías 61:1-6,
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; 2a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram 3e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo Senhor para a sua glória. 4Edificarão os lugares antigamente assolados, restaurarão os de antes destruídos e renovarão as cidades arruinadas, destruídas de geração em geração. 5Estranhos se apresentarão e apascentarão os vossos rebanhos; estrangeiros serão os vossos lavradores e os vossos vinhateiros. 6Mas vós sereis chamados sacerdotes do Senhor, e vos chamarão ministros de nosso Deus; comereis as riquezas das nações e na sua glória vos gloriareis.”

O profeta Isaías foi chamado para ser bênção. Deus o chamou para que ele pudesse transformar a vida das pessoas; Deus o chamou para restaurar corações; para alegrar vidas afundas na tristeza; para transformar o choro em riso e o pranto e júbilo; Deus o chamou para edificar lugares, que outrora estavam em ruínas; Deus o chamou para salvar vidas.
Jovens, Deus chamou vocês para serem bênçãos; Deus chamou vocês para transformar a realidade dos lugares onde vocês estão. Quantas pessoas que dia-a-dia encontram conosco e não precisam de uma ação urgente de Deus; quantas famílias não estão em ruínas esperando um milagre de Deus; quantos de nossos colegas, de nossos parentes, ou até mesmo pessoas que só conhecemos de vista não estão precisando de uma palavra de conforto para superar as dificuldades que lhes atingiram.
Deus vos chamou para serem bênçãos na vida dessas pessoas. E talvez nesse momento possamos fazer uma pergunta: pastor, como faremos isso? Como se tornar bênçãos para os outros? Fazendo como Isaías fez: ele apenas disse, “eis-me aqui” (Is 6:8).
Jovem, você foi chamado para ser bênção nas vidas das pessoas que estão a sua volta, então permita que a unção de Deus, preencha o ser, a fim de que a transformação ocorra na vida das pessoas que Deus colocou a sua volta. Permita que Deus faça de você um canal de bênçãos. Basta você se dispor.

*      Música: Eu quero ser uma bênção

Eu Quero Ser Uma Benção

Frutos do Espírito

Não quero viver para mim mesmo
Eu quero servir e o amar irmão
Compartilhar e dividir
Tudo o que tenho com você
O meu amor, meu coração
Meu lar e até o pão
O amor é maior e em Jesus
Eu e você somos um
Eu quero ser uma benção pra você
O aceitando assim como é
Pois a vontade de Deus
Revelada em Jesus
É que sejamos um
Eu quero ser uma benção pra você
Em compromisso e dedicação
O amor é dom de Deus
Pra sempre vou dizer
Em Jesus eu amo você
O amor é dom de Deus
Pra sempre vou dizer
Em Jesus eu amo você

segunda-feira, 21 de março de 2011

XI ASSÉMBLEIA ANUA DA ASSOCIAÇÃO DAS IGREJAS BATISTAS DA MATA NORTE 2º DIA


VIDA PLENA E MEIO AMBIENTE
Associação Mata Norte- 2º dia

 *Pr, Edivaldo Rocha
 
Tema "Vida Plena e Meio Ambiente"

Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora" (Romanos 8.21-22).

            Na mensagem anterior, tratamos apenas de algumas questões introdutórias, mas que nos servirão para hoje trabalharmos a divisa e o tema com mais propriedade, sem descuidarmos do tempo, pois, como ontem, há muitas coisas para serem resolvidas no dia de hoje.
            Iniciando com a divisa não há como deixarmos de notar a linguagem figurada chamada personificação ou prosopopeia presente no verso 22.
O apóstolo Paulo diz, “Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora". É interessante notar essa personificação de uma sensação e um sentimento humano aplicado à criação, sendo posto a parte nessa passagem o ser humano. Quem aqui já viu a natureza gemer ou angustiar-se?
            Isso foi não um recurso utilizado somente por Paulo. O próprio Jesus disse que se seus discípulos se calassem, até as pedras clamariam (Lc 19:40). Paulo usou esse recurso linguístico para apresentar a gravidade da situação em que se encontra a obra de Deus, que era “boa” no princípio da criação (Gn 1:31). E notem que o apóstolo escreveu em uma época em que não havia os termos aquecimento global, efeito estufa, desmatamento, derretimento de geleiras, etc. Se esse texto bíblico fosse escrito no nosso tempo talvez o apóstolo personificasse outras sensações e outros sentimentos humanos para se referir à natureza criada.
            No verso 21, Paulo falou de uma Criação que será redimida do cativeiro da corrupção. Essa terminologia é um resgate da narrativa da queda do Homem que por ter se corrompido corrompeu também a natureza criada, senão vejamos Gn 3:17-18:
“E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. 18Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo.”

            Eis a origem do caos ambiental que vivemos hoje.
Comentamos ontem que ao lado da discussão espiritual, precisamos estar atentos à discussão acerca de Saúde, Política, Educação e também acerca do Meio Ambiente. Não se trata de um modismo, mas de algo (permitam-me também uma prosopopeia) que está gritando tão alto que é impossível que a Igreja não ouça. E diante desse clamor da Criação não podemos ficar inertes. É necessária uma atuação consciente, mas acima de tudo equilibrada. E creio que para atuação equilibrada seja conveniente lançarmos mão de uma abordagem filosófica defendida por Aristóteles (384-322  a.C.) chamada de Justa Medida.
            Essa concepção filosófica advogava que as virtudes ou as boas escolhas se davam quando o indivíduo evitava os extremos, optando pelo meio-termo. Um exemplo clássico dessa concepção filosófica se dá na apresentação da virtude da coragem. Segundo Aristóteles a coragem é o ponto de equilíbrio e a virtude entre dois extremos. Ou seja, ele fica no meio-termo entre a covardia e a temeridade (afoiteza ou excesso de valentia). Aqui no nordeste, nós usamos essa concepção filosófica quando dizemos que as coisas “não devem ser oito nem oitenta”.
            Mesmo que esse tema nos remeta a uma realidade que nos cobra uma resposta urgente, precisamos ter o cuidado de não sermos extremistas. Precisamos encontrar um ponto de equilíbrio para que o Evangelho não seja comprometido.
            Falo isso porque há um tempo uma outra realidade gritante chamou a atenção da Igreja. A segunda metade do Século XX constatou um problema tão sério que a Igreja foi convidada a dar uma resposta. O problema em questão era a pobreza que assolava principalmente os países considerados de Terceiro Mundo.
            Em resposta a essa demanda social, ou pelo menos enfocando essa temática surge a conhecida de Teologia da Libertação. Confesso que é um direcionamento teológico que muito me chama atenção, mesmo eu tendo pouco domínio sobre a questão. Mas há um detalhe que sempre me causou estranheza nas práticas cristãs que defendiam ou ainda defendem essa abordagem.
            De modo geral eu percebi que alguns lideres e algumas instituições que defendem essa linha teológica pouco a pouco transformaram a Mensagem do Evangelho voltada aos pobres em Mensagem voltada aos pobres. Vocês conseguem perceber o detalhe da transformação? Aos poucos alguns adeptos de uma mensagem cristã voltada para os pobres foram deixando de lado o aspecto evangélico para assumirem integralmente a demanda da pobreza. Então a pobreza passou a ser auto-suficiente para a composição das mensagens. O evangelho, quando mencionado virou pano de fundo; Jesus de artista principal passou a ser figurinista ou quando muito, referência de alguém se que doou para os pobres.
            Hoje nós temos uma demanda ambiental que bate em nossas portas. Nosso tema e divisa já é o início de uma resposta da Igreja Batista a essa demanda. Porém, temos que evitar os extremos para que a Mensagem Cristã à questão Ambiental não se torne gradativamente Mensagem Ambiental. Temos que ter o cuidado para que daqui a alguns meses as nossas igrejas não deixem de plantar igrejas para plantar árvores. Não que plantar árvores não seja importante, contudo precisamos lembrar que a missão da Igreja pode ser resumida em três palavras: PREGAR O EVANGELHO.
Também não podemos correr para o outro extremo, esquecendo-nos ou negligenciando as responsabilidades sociais que temos enquanto crentes.
            Creio que uma das maneiras mais saudáveis e mais equilibrada para lidarmos com responsabilidade dessa questão ambiental seja trabalhando os membros para que no seu cotidiano eles possam estar atentos às escolhas que estão fazendo, para que desenvolvam hábitos de vida mais saudáveis. Porque no fim das contas, não se trata apenas de plantar árvores ou construir jardins na frente das igrejas, e sim trabalhar as escolhas da vida numa amplitude muito mais ampla, que vai desde a opção de ter o boletim impresso em papel ou não à compra de veículos que consomem menos e poluem menos.
            O fato é que a Natureza está gemendo e sofrendo angústias e isso de um modo ou de outro também nos afeta de duas maneiras: a primeira, por conta da responsabilidade de, como seres humanos, termos corrompido a obra de Deus que era boa; e a segunda, e por conta da lei da causa e efeito, ou seja, tudo que lançamos ao ar, de um modo ou de outro acaba voltando para nós.
            A nossa ação eclesiástica não pode estar aquém das demandas que gritam à nossa volta. Chegou o momento de reavaliarmos como crentes e cidadãos que somos o que fazermos com o nosso Meio Ambiente sem perdermos o foco da nossa missão aqui na terra que é pregar o evangelho. Amém!

XI ASSÉMBLEIA ANUA DA ASSOCIAÇÃO DAS IGREJAS BATISTAS DA MATA NORTE 1º DIA


VIDA PLENA E MEIO AMBIENTE
Associação Mata Norte- 1º dia

*Pr. Edivaldo Rocha

Tema "Vida Plena e Meio Ambiente"

Na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora" (Romanos 8.21-22).

            Caros irmãos em Cristo, para mim é um prazer reencontrar todos vocês neste evento, pois no ano de 2009, quando essa Assembleia acontecia na cidade de Ferreiros, eu tomava posse como pastor da Primeira Igreja Evangélica Batista em Ferreiros. Aquele foi com certeza um dia especial, pois pude contar com a receptividade dos colegas pastores, bem como da Associação Mata Norte como um todo. Então, o fato de receber a incumbência da Ministração da Palavra nesses dois dias de assembleia só aumenta a nossa alegria.
            Sei, por estar presente nas últimas assembleias da Associação Mata Norte, que o primeiro dia é curto para uma pauta tão longa de atividades. Por isso, hoje, não pretendo me estender demais, apontando apenas algumas questões introdutórias acerca do tema e da divisa dos batistas brasileiros para o ano de 2011.
            O tema deste ano, Vida Plena e Meio Ambiente, é bem incomum, considerando os anos anteriores. Porém, ele enfoca uma necessidade de dirigirmos um novo olhar para a natureza que nos cerca, para o meio ambiente que nos envolve, para a Criação do nosso Deus.
            A passagem da Carta aos Romanos 8:21-22 que diz, “na esperança de que a própria criação será redimida do cativeiro da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus, porque sabemos que toda a criação, a um só tempo, geme e suporta angústias até agora”, só reforça que o quadro ambiental que se apresenta mundialmente precisa ser encarado e discutido por todos os setores da sociedade. A Igreja inclui-se dentre esses setores.
            Talvez a falta de reflexão por parte da Igreja, no que diz respeito ao meio ambiente se dê por deduções equivocadas que fazemos de algumas passagens bíblicas. Entendendo que tais deduções não são necessariamente uma interpretação ou uma postura oficial da Igreja, mas uma lógica, um raciocínio superficial e comparativo da nossa vida aqui e da vida que teremos com Deus.
            Deixem-me ilustrar isso: se fossemos comprar um aparelho de TV, um rádio, uma casa ou um carro e ao lermos o termo de garantia, constatássemos o seguinte item – caro usuário, o produto que você adquiriu foi fabricado dentro dos mais altos padrões de qualidade; você pode usá-lo como quiser, pois quando estiver demasiadamente desgastado, você terá a garantia de receber um produto novo – se esse item estivesse presente nos certificados de garantias dos produtos que adquirimos, certamente nossa postura de consumo seria diferente. Por mais que fossemos zelosos, a garantia de recebermos um novo produto afetaria a maneira como o usamos.
            É mais ou menos esse raciocínio que muito crentes fazem quando leem algumas passagens como, por exemplo, a que está descrita no livro do Apocalipse 21:1-7
“Vi novo céu e nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi também a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo. 3Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. 4E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram.5E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras. 6Disse-me ainda: Tudo está feito. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. Eu, a quem tem sede, darei de graça da fonte da água da vida. 7O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho.”

            Notem a lógica: para que se preocupar com o mundo, com o meio ambiente se os fiéis receberão um novo céu e uma nova terra.
            Certa vez, um colega ao ver em minha habilitação que eu era doador de órgão e tecidos (há um tempo era legal informar isso nos documentos de identificação, mas hoje é quem decide é a família) disse: “você é louco em colocar isso em seu documento? Se você sofrer um acidente e lerem isso em sua habilitação você corre o risco dos médicos preferirem usar seus órgãos para salvar outras pessoas no lugar de salvar a sua vida”. Lembro-me que na eu respondi que não tinha medo desse perigo por dois motivos: primeiro, que Deus não me deixaria morrer de véspera, só no dia determinado; segundo, que ele havia me prometido um corpo novo. Caso Deus tivesse prometido reformar o corpo antigo, talvez eu pensasse diferente antes de decidir registrar que sou doador.
            Esse raciocínio afeta a maneira como encaramos as coisas da vida. A certeza de novo céu, nova terra, novo corpo faz muitos crentes serem descuidados com o próprio corpo, imaginem com o meio ambiente. Como alguns de vocês sabem, eu trabalho em um Posto de Saúde no Recife. Diariamente eu constato isso que estou dizendo, pois muitos crentes deixam de ir para uma consulta médica que estavam precisando, porque o dia da consulta coincidiu com o dia do culto de oração; muitos crentes diagnosticados com hipertensão e diabetes não tomam suas medicações como deveriam. Acontece isso com os não crentes também? Sim. E os motivos que levam a esse descuido podem ser também os mesmos, porém alguns crentes, por terem a certeza de vida eterna, a certeza de salvação, a certeza de receber um corpo transformado, acabam por descuidar de sua saúde.
            Ao constatarmos esse quadro, fazemos a seguinte pergunta: como falar de meio ambiente, quando constatamos que muitos crentes não cuidam nem de sua própria saúde?
A Bíblia nos exorta a respeitarmos e intercedermos pelas autoridades constituídas (Rm13 Tt 3:1; 1Pe 2:13-14). Isso nos faz refletir sobre de política. A Bíblia nos exorta sobre a importância de ensinar os filhos no caminho em que devem andar (Pv 22:6). Isso nos faz refletir sobre Educação; a Bíblia nos exorta a refletir sobre hábitos de higiene e alimentares (Lv 11;12). Isso nos faz pensar sobre Saúde; a Bíblia afirma que a Criação geme e suporta angústias por conta da corrupção (Gn 3:17-18; Rm 8:22-23). Isso deve nos fazer refletir sobre Meio Ambiente.
Diante de tudo isso, percebemos um grande desafio para os cristãos batistas nesse ano de 2011: o desafio de refletir as suas práticas no mundo que o cerca, pois o título de forasteiros em outra pátria (1Pe 2:11) não nos isenta de nossas responsabilidades para com a criação de Deus. E a maneira como esses desafios devem ser encarados apresentaremos na próxima mensagem.