domingo, 27 de fevereiro de 2011

ANIVERSÁRIO DA IGREJA BATISTA SIÃO 2° DIA


IGREJA FORTALACIDA MEDIANTE A PALAVRA DE DEUS.
*Pr. Edivaldo Rocha

Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. 11Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

Ontem ao apresentarmos essa divisa comentamos acerca das duas direções que o verso 10 nos convida a olhar: olhamos para o passado e para o futuro. Olhamos para o passado para resgatarmos as lembranças das barreiras que superamos, a fim de reunirmos forças para seguramente olharmos para frente.
          Na última visita que o pastor Davi fez a Ferreiros, ele disse algo ao longo de sua mensagem que considero conveniente resgatar nessa noite. Em meio a sua mensagem ele disse “é para frente que se anda”. Mesmo que o verso dez nos convide a olhar para trás por um momento, a direção que devemos seguir é sempre em frente. Há algumas igrejas que depois de determinado tempo acham que já chegaram ao fim de sua caminhada e para de ser produtivam. Essa é uma triste ilusão, pois o ponto de chegada da igreja é o céu. Ou seja, enquanto estamos aqui, precisamos continuar caminhando. Em que direção? Sempre em frente.
         Sei que os irmãos perceberam, mas ontem só destacamos metade da divisa, pois segunda parte eu deixei para refletirmos hoje juntamente com o tema.
         Sabem o que achei interessante nessa divisa? Os verbos. O verso 10 apresenta o verbo guardar no passado e no futuro, mas os três verbos contidos verso 11 estão todos no presente. Sabem por quê? Porque não é o passado ou o futuro que definem a realidade da igreja, e sim o seu presente, pois não adianta nada dizer: “olha, no passado nós evangelizamos; nós pregamos; nós cantamos; nós fizemos campanhas evangelísticas”. Tampouco também não adianta dizer “um dia nós sairemos; um dia nós cantaremos; um dia quem sabe nós pregaremos; quem sabe’ faremos uma campanha evangelística”. A saúde da igreja é detectada pelos verbos conjugados no presente. A igreja deve dizer “hoje nós evangelizamos; hoje nós pregamos; hoje nós realizamos campanhas evangelísticas”, porque se não for assim a igreja viverá de uma ilusão do que poderá ser no futuro, ou ficará remoendo o passado, lembrando daquilo que foi um dia. Quantas igrejas e quantos crentes não estão vivendo o seu presente apenas de lembranças passadas.
         A essa altura alguém pode perguntar, “pastor, mas não é o passado que faz a igreja adquirir experiência? E também não é o futuro que nos impulsionam a seguirmos em frente?”
Se alguém me perguntasse isso, eu diria que é verdade. Mas há dois detalhes que fazem toda a diferença: um deles é o presente, pois é ele que determina o futuro e é ele que faz com que as práticas do passado não tenham sido em vão. E outro detalhe é essa palavra, chamada experiência, que muitas vezes nos engana. E eu vou explicar isso com um trecho de uma redação de uma pessoa que estava em uma entrevista de emprego e com uma ilustração do Ex-Diretor Geral do Seminário do Norte, Dr. Merval Rosa.
A Wolksvagem do Brasil fez um processo seletivo para preenchimento de algumas vagas de emprego. Nesse processo os candidatos tinham que preencher um questionário e um dos itens desse questionário pedia uma redação com seguinte tema: “qual a sua experiência”?
            Um dos candidatos ao chegar nesse item do questionário escreveu a seguinte redação:
"Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar. Já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora. Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas. Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada. Já fiz juras eternas. Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro. Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
 Já corri pra não deixar alguém chorando. Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado. [...] Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro.
Já tremi de nervoso. Já quase morri de amor, [...] Já apostei em correr descalço na rua.
 Já gritei de felicidade. Já roubei rosas num enorme jardim. [...]
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita:
- "Qual sua experiência?"
Essa pergunta ecoa no meu cérebro: "experiência... experiência..." Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência? Não!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!"
Agora gostaria de indagar uma pequena coisa pra quem formulou esta pergunta:

Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova.

            O candidato que escreveu esse belo texto ganhou uma vaga por sua criatividade e mostrou que profissionalmente ele não tinha experiência nenhuma.
Porém a última frase dessa redação descreve uma verdade que poucos conseguem compreender: “Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova”.

         A outra história é contada pelo antigo diretor do Seminário Teológico Batista do Brasil, no livro O ministro evangélico: sua identidade e integridade (2003. p. 106).
O Doutor Merval Rosa conta a história de um cristão que teve uma experiência gloriosa com Deus em um determinado dia.
“Esse cristão teve uma profunda experiência com Deus. E passou a narrá-la com profundo entusiasmo a todos que podia 9chamado no meio evangélico de testemunho). Na medida em que o tempo passava, como era natural, os detalhes dessa “experiência gloriosa” começaram a se modificar. Por sugestão da prudente esposa, o cristão escreveu sua “experiência gloriosa” para não alterá-la em sua essência. Os dias se passaram. Ao chegar um visitante, a história se repetia. O cidadão dizia à sua esposa: “Fulana, vai buscar minha gloriosa experiência para que eu conte ao amigo visitante”. E assim acontecia. Um dia porém, a esposa voltou com a triste notícia: “o rato comeu sua gloriosa experiência”.

            Um grande filósofo da antiguidade, chamado Heráclito da cidade de Éfeso (uma das cidades que recebeu a carta do apóstolo João), dizia que a vida “é um constante vir a ser”, que tudo se renova a cada instante. Ninguém toma um banho duas vezes no mesmo rio, porque as águas do rio se renovam. Até as pessoas mudam a cada momento, por exemplo: uma pessoa que teve três filhos. Para cada filho, essa pessoa foi um pai ou uma mãe diferente pelo aprendizado adquirido.
A experiência do crente deve também ser um constante vir a ser. Ninguém se torna experiente diante de Deus, porque um dia teve uma vivência que foi colocada num baú para ser contada a quem nos visita ao longo dos anos, mas uma pessoa pode ser considerada experiente à medida que entende que na vida tudo se renova, do mesmo modo que o nosso relacionamento com Deus precisa se renovar a cada manhã mediante a uma nova experimentação desse Deus.
Quando Deus disse a igreja em Filadélfia “conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”, ele estava falando de um cuidado que a igreja deveria ter com o seu presente.
É certo que o passado da igreja em Filadélfia foi glorioso, mas o seu presente deveria continuar a manter essa glória. A Igreja Batista Sião deve ter tido um passado glorioso, do contrário essa portas não estariam abertas. Mas se isso foi apenas uma experiência passada, o inimigo roubará essa glória.
O verso 11 do capítulo 3 do livro do Apocalipse apresenta dois avisos e uma exortação: o primeiro aviso é que o Senhor da Igreja vem sem demora e feliz será aquele que estiver vigiando quando ele chegar; o segundo, é o aviso que alguém está tentando tirar a glória – a coroa - da igreja em Filadélfia – a carta de Pedro diz que há alguém que está a espreita como um leão, rugindo, procurando a quem tragar; a exortação, é que a igreja esteja alerta; que ela mantenha sua fidelidade. O seu passado foi bonito; o seu futuro se apresentava promissor. Mas a igreja precisa entender que a realidade da igreja é marcada pela sua experimentação de Deus no tempo presente.
Não pense que esquentar banco de igreja é uma boa experiência para os dias de hoje. A experiência que deve ser levada em consideração é uma mescla de trabalho e vivência diária com Deus.
O verso oito do capítulo 3 de Apocalipse aponta que a igreja em Filadélfia era uma igreja frágil, mas essa igreja também era também uma igreja que guardava a PALAVRA DA PERSEVERANÇA, e é esta característica que a fortalecia. Porque uma igreja só pode ser fortalecida mediante a Palavra do Senhor. E esse aspecto não é só para ser vivenciado pelo pastor ou pelos dirigentes, e sim por cada crente. Amém!*


ANIVERSÁRIO DA IGREJA BATISTA SIÃO - 1° DIA

O PASSADO E O FUTURO APONTAM PARA DEUS
*Pr. Edivaldo Rocha  
Quero compartilhar o prazer que é estar com vocês nessas noites em que esta igreja celebra mais um ano de existência. Ao longo de todos esses anos vocês puderam perceber os desafios que surgiram para serem superados, os alvos e metas que foram alcançados e o saldo que ficou de tudo isso.
         Geralmente quando celebramos, nos focamos em dois sentimentos. Não ao mesmo tempo. Geralmente sentimos um ou outro e muito raramente sentimos os dois simultaneamente. Um deles é o sentimento semelhante a quem escapou de uma situação de perigo ou desconforto. Esse sentimento faz os celebrantes de uma comemoração olharem para trás. Não com nostalgia, sentindo falta do que passou, mas relembrando e celebrando que tais desafios já passaram. Então uma igreja pode celebrar seu aniversário olhando para todos os desafios, todas as barreiras, todos os dissabores que inquietaram a igreja nos anos anteriores com a sensação de alívio por ter superado essas barreiras.
Quando nós paramos para refletir, constatamos que não é fácil manter as portas da igreja aberta, pois há inimigos lá fora querendo entrar e inimigos aqui dentro que queremos expulsar. Essa batalha consome nossas energias, mas quando paramos para celebrar, falamos como o salmista que diz  que foi difícil, foi duro, mas “até aqui nos ajudou o Senhor”.
         O outro sentimento que sentimos quando paramos para celebrar é inverso ao primeiro do ponto de vista da direção que a igreja dirige o seu olhar. Se o primeiro sentimento que mencionamos reflete o olhar da igreja para o passado, este outro direciona o olhar da igreja para o futuro. Há um certo apagamento de algumas lembranças e esses crentes que celebram inspirados por esse sentimento, olham para frente e perguntam “o que ainda falta fazer?”
         Talvez hoje exista crentes aqui com esses dois olhares: um que olha para trás e diz “ainda bem que chegamos até aqui” e outros que perguntam “e agora o que ainda estar por ser feito”.
Se alguém me perguntar se é errado sentir um sentimento ou outro e responderia que não, pois ambos os sentimentos são imprescindíveis para o crescimento da igreja. Quantas vezes não precisamos olhar para trás e relembramos da batalhas que travamos para encontrarmos forças para superarmos a batalhas do hoje. E quantas vezes não precisamos esquecer um pouco do que passou para olharmos para frente e seguirmos para o alvo da suprema vocação que está em Cristo Jesus.
         Há algumas semanas, o pastor Davi me enviou o tema e a divisa para essa comemoração. Digo a vocês que foi este tema e esta divisa que me fizeram pensar nestas coisas que acabo de dizer, visto que a divisa nos remete a um olhar para trás e outro para frente e o tema fala do que é necessário para continuar seguindo sempre em frente.
         Abram sua Bíblias em Ap 3:10-11 para lermos a divisa e na sequência recitaremos em uníssono o tema desta comemoração:
“Porque guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a terra. 11Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”

IGREJA FORTALACIDA MEDIANTE A PALAVRA DE DEUS.

            O livro do Apocalipse foi escrito pelo Discípulo Amado, João, quando estava recluso numa ilha prisão, chamada Patmos. Ele endereçou sua mensagem a sete igrejas relativamente próximas. Porém cada uma dessas igrejas possuía características bem peculiares. E essas peculiaridades modificaram o tema da descrição feita pelo apóstolo João e o tom da mensagem para cada igreja. Entre as sete igrejas haviam aquelas que permitiam que falsas doutrinas circulassem livremente no cotidiano da igreja; outras eram mais precavidas nestas áreas, mas permitiam outras falhas. Tais características, dessas igrejas locais, segundo alguns estudiosos, também se aplicam a outras igrejas. Eles dizem que as sete igrejas, embora tenham existido de fato e tenham recebido a mensagem de João como destinatários originais, elas servem de exemplos de igreja cristãs. Notem que a maioria dessas igrejas não serve como exemplo, e sim descreve como as igrejas se comportaram e se comportam até os nossos dias (LADD,1980, p. 14). Isso nos faz pensar como a palavra do Senhor se renova, cada vez que à lemos.
             O trecho que destacado nos serve como divisa para esta celebração é um recorte das palavras de João à igreja na cidade da Filadélfia. A leitura de toda a carta (v. 7 a 13) descreve que a igreja de Filadélfia era uma igreja frágil, por ser a mais nova entre as sete igrejas, porém, das sete igrejas ela foi a única que não recebeu nenhuma reprovação. Até a igreja em Éfeso por mais que tenha permanecido firme, foi exortada a voltar ao primeiro amor, pois a luta contar os opositores e falsos mestres deixou a igreja em Éfeso amarga e rude. Esse relato nos faz perceber que além de manter a firmeza doutrinária, uma igreja não pode abrir mão do amor, da compaixão que são marcas da pessoa de Cristo, o Senhor da Igreja.
            Mas voltando para a divisa desta comemoração quero chamar-lhes a atenção para duas aplicações do verbo guardar bem evidentes no verso dez.
            O verbo Guardar é aplicado a duas pessoas diferentes em dois tempos verbais também diferentes.
*      A IGREJA GUARDOU A PALAVRA
Quando se refere à pessoa da igreja, o verbo é aplicado no tempo passado, ou seja, a igreja guardou a palavra da Exortação à perseverança. Nesse trecho nós percebemos uma igreja convidada a olhar para trás, para o passado, a fim que ela pudesse constatar que tudo que ela passou valeu a pena.
            Precisamos lembrar que no primeiro século, tempo em que as primeiras igrejas cristãs surgiram, havia dois grandes problemas: a perseguição e os falsos mestres com suas falsas doutrinas.
Por mais que a igreja em Filadélfia fosse uma igreja frágil conforme o verso oito destaca, ela resistiu a esses dois problemas. E como ela fez isso? Guardando a Palavra da Perseverança. Nisso percebemos que a igreja em Filadélfia era uma igreja que amava, pois Jesus disse “aquele que me ama guardará as minhas palavras” (Jo 14:23). Filadélfia era uma igreja que amava até no nome, pois essa palavra significa amor entre irmãos: filoV = amor e adelfoV = irmãos em grego
            Permitam-me fazer uma pergunta: irmãos, vocês amam a Jesus? Então guardem as palavras de Jesus. A igreja de Filadélfia teve o cuidado de guardar a palavra de perseverança e com isso estava recebendo do escritor do apocalipse, a quem Deus havia revelado a sua mensagem, a promessa que ela também seria guardada por Deus. Essa promessa foi o próprio Jesus quem fez no Evangelho de João 14:23 que na integra diz : “Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada.”
            Quando os irmãos chegarem a suas casas, peguem um dicionário e vejam definição do verbo guardar. De antemão posso antecipar que dentre muitas aplicações este verbo significa:
1     vigiar para defender, proteger, preservar;
2     tomar conta; zelar por;
3     vigiar para impedir de fugir;
4     pôr em lugar apropriado; acondicionar;
5     manter (algo perecível) em bom estado; conservar;
6     continuar a ter; conservar em seu poder; preservar;
7     reter na memória; lembrar;
8     não infringir; cumprir, observar;
9     acolher em algum lugar; abrigar-se. (dicionário eletrônico Houaiss)

  Farei novamente a pergunta que fiz ainda pouco. Irmãos, vocês amam a Jesus? Então, vigiem para defender sua palavra, protejam, preservem; tomem conta; zelem; vigiem para impedir de fugir; ponham a palavra de Deus em lugar apropriado; acondicionem adequadamente; mantenham em bom estado; conservem em seu poder; retenham a mensagem na memória; lembrem dela ao levantar e ao deitar; não a infrinja; observem o que ela diz. Porque foi isso que a igreja em Filadélfia fez.

*      DEUS GUARDARÁ A IGREJA
Em recompensa algo maravilhoso lhe foi prometido. A igreja que até aquele momento foi convidada a olhar para trás, para ver o que tinha feito, para ver o que tinha resistido, nessa segunda parte do verso dez, foi convidada a olhar para frente para contemplar uma promessa expressa também no verbo guardar, só que conjugado no tempo futuro e relacionado á pessoa de Deus, muito embora seu resultado seja aplicado à igreja.
E em síntese, Deus promete vigiar o seu povo para defender, para proteger, preservar; tomar conta; zelar; vigiar para impedir de fugir; pôr em lugar apropriado; acondicionar adequadamente; manter em bom estado; conservar em seu poder; reter na memória o seu nome; lembrar da tua fidelidade; Porque foi isso que ele prometeu à igreja em Filadélfia e é isso que ele promete a todos que guardam a sua palavra.
Irmãos, essa comemoração de mais um aniversário resgata uma passagem bíblica que nos faz lembrar o que passamos e como nós lidamos com a palavra do Senhor até hoje. E também nos faz olhar para frente para contemplar as promessas de Deus para a vida da igreja, para a vida de cada crente aqui nesta noite.
Nesta noite saia daqui com uma certeza: há promessas, há bênçãos que Deus derrama sobre nós independente da nossa postura; até quem não é crente é abençoado por Deus. Isso é resultado de sua graça que não vê religião, estado civil, cor, nacionalidade, nível de fidelidade. Graça é isso: É favor imerecido. Mas há promessas, há bênçãos que estão condicionadas à nossa postura. Por exemplo: em Malaquias 3:10, Deus promete abrir as portas do céu se o povo trouxer os seus dízimos para a Casa do Senhor. Em Gênesis 12, Deus prometeu fazer de Abrão uma grande nação se ele saísse de junto de sua parentela, de junto de seus pais e se dispusesse a andar pela fé. Em Josué 1:8, Deus disse que Josué seria bem sucedido e nada o atingiria se ele não se afastasse do livro da lei, meditasse nele de dia e de noite e fizesse tudo quanto nele está escrito. Esses são apenas alguns exemplos das promessas especiais que Deus tem para nossas vidas, quando guardamos as suas palavras, quando confiamos em sua provisão, quando o temos como centro de nossas vidas.
Há muitos crentes que hoje estão “dando murro em ponta de faca”, porque estão esquecendo-se desse detalhe. Esses crentes, por muito tempo desfrutaram da graça universal, que é derramada sobre os crentes e sobre incrédulos, mas há coisas que só se concretizarão mediante a um nível de graça mais elevado, mais restrito àqueles que buscam a Deus de todo o coração, que o buscam em amor como fez os crentes da igreja em Filadélfia. Pensem nisso irmãos. Avaliem se a demora da concretização das bênçãos prometidas não é resultado de uma falta de observância da palavra do Senhor. Lembrem-se que se guardarmos a palavra de perseverança, Deus também nos guardará.
E por falar sobre isso, não há como deixar de destacar que a Salvação só é alcançada por meio dessa graça particular, dessa graça mais elevada. É por essa razão, que mesmo sendo uma noite de festa, eu pergunto a você, que nos visita nesta noite: você quer aceitar essa graça especial de Deus em sua vida? Você quer ser guardado por Deus 24 horas por dia? Você quer ter a certeza, quando findar os seus dias aqui na terra, de ter uma morada ao lado de Deus para a eternidade?
Para desfrutar de tudo isso é necessário apenas uma decisão: basta você aceitar Jesus como seu Salvador? Aceitá-lo significa guardar a sua palavra, na certeza que ele também te guardará. Amém!


domingo, 13 de fevereiro de 2011

UMA QUESTÃO DE PONTO DE VISTA



POETAS E CRIANÇAS DIANTE DA BÍBLIA
*Pr. Edivaldo Rocha

Um analista narrou a cena de uma senhora que o procurou em seu consultório. Acompanhem o relato do analista:
“Ela entrou, deitou-se no divã e disse: ‘Acho que estou ficando louca’. Fiquei em silêncio aguardando que ela me revelasse os sinais da sua loucura. ‘Um dos meus prazeres é cozinhar. Vou para a cozinha, corto as cebolas, os tomates, os pimentões — é uma alegria! Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha para fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas.
Ato banal sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto. Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto’.
       Ela se calou, esperando o meu diagnóstico. Eu me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", (livro de poesias) de Pablo Neruda. Procurei a ‘Ode à Cebola’ e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas” (A complicada arte de ver de Rubem Alves)... Diante de uma caixa de utensílios domésticos um adulto contempla uma caixa de ferramentas e uma criança, uma caixa de brinquedos. Tudo é uma questão de ótica.
             Certo domingo ao concluir Sermão, fiz a seguinte pergunta: “o que você enxerga quando lê a Bíblia”? Percebi que a igreja foi tomada por alguns segundos de silêncio absoluto. Com certeza essa foi uma pergunta inquietante.
Quando ouvimos uma pergunta como essa, talvez a primeira reação que possamos sentir, seja a de raiva do pastor por ter dito algo desse tipo. Mas passada essa emoção acredito que possamos refletir acerca do que foi perguntado. Pois a nossa compreensão de Deus sofrerá sérias variações, boas e ruins, baseadas na forma que o enxergamos na Bíblia.
            Há uns dias retornei a uma passagem Bíblica que sempre me causara a impressão que algo não encaixava. Mesmo já tendo pregado várias vezes sobre essa passagem sempre tive a impressão que faltava algum detalhe que não tinha percebido. Então acompanhem comigo a passagem de Mt 6:2-34:
“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes? 26Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves? 27Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? 28E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam. 29Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. 30Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé? 31Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou: Com que nos vestiremos? 32Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; 33buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. 34Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal”.
            Sempre que essa passagem é lida ela recebe uma entonação como se Jesus estivesse repreendendo seus discípulos. É bem verdade que se fizessem estudos para constatar o perfil psicológico de Jesus, a partir da leitura feita pela igreja cristã ao longo dos séculos, seria constatado um Jesus neurótico e perseguidor, ou no mínimo um indivíduo amargurado. Parece que para a igreja, Jesus está o tempo todo dando “paulada” nos seus ouvintes.
Esse trecho de Mateus 6:26-34 é um perfeito exemplo disso. Quantas vezes eu mesmo não levantei o dedo e gritei “buscai em primeiro lugar o Reino de Deus”, quando na realidade parece que Jesus não fez nada disso.
Digo isso porque ao contemplar as comparações que Jesus faz com as aves do céu e com os lírios dos campos, vi outra face de Jesus muitas vezes escondida pela leitura que fazemos da sua mensagem.
Precisamos lembrar onde Jesus estava e com quem ele estava para entendermos algumas coisas próprias dessa passagem. Ele estava em um monte, cercado por pessoas que queriam de coração segui-lo por acreditarem que ele realmente era o filho de Deus. No meio dessas pessoas estavam pais e mães de famílias, estavam moças virgens esperando seus noivos e seus casamentos; estavam pessoas que trabalhavam muito para sustentarem suas famílias.
Jesus naquele momento chama aquelas pessoas para deixarem tudo que tinham para segui-lo. É natural imaginar que um pai de família pensasse, “como darei de comer a minha esposa e meus filhos”? De que vou viver se seguir este homem? Mas ao mesmo tempo o coração deles ardia por acreditarem fielmente que Jesus era o Messias.
Eu vejo Jesus olhando para aquelas pessoas e percebendo a aflição e temor em seus olhos. E como um pai conforta o filho que está apavorado, ele aponta para as aves do céu e diz mansamente: “estais vendo aquelas aves? Elas não plantam, nem semeiam, mas mesmo assim Deus provê o alimento que elas precisam. Olhem para as plantas do campo. Que rei conseguiu se vestir com tamanha formosura? Vocês são mais importantes que as aves do céu e as plantas do campo. Busquem em primeiro lugar a Deus e ele cuidará das suas necessidades.
Os exemplos delicados como as aves do céu e lírios do campo não encaixam com a entonação agressiva e rude que muitos crentes e pastores dão a leitura dessa passagem reconhecida como uma das passagens mais belas de toda a Bíblia, a saber o Sermão do Monte.
Vários olhares são direcionados à Bíblia. Há pessoas que olham para a Bíblia com as mais variadas intenções. Quando Deus chamou Moisés, lhe perguntou o que tinha nas mãos. Moisés respondeu que era uma vara. Com essa vara Moisés poderia agredir os egípcios, ou ele poderia se defender dos egípcios. Mas Moisés usou aquela vara para conduzir o povo para a liberdade. Do mesmo modo acontece com a Bíblia; ela pode ser usada para agredir os outros; ela pode servir para nos defendermos dos outros; ou pode ser usada para libertar as pessoas. Jesus disse: “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará (Jo 8:32)”.
 No culto de gratidão pelo aniversário da MCA da Igreja Batista em Camutanga- PE, o pastor Eliabe comparou a mensagem apresentada com uma poesia. Isso me deixa muito lisonjeado. Mas quem dera Deus realmente nos desse olhos de poetas para perceber que a Bíblia não é algemas nem correntes que aprisionam as pessoas.
Quem dera Deus nos desse olhos de crianças para perceber que a Bíblia é na realidade a chave que abre as portas das cadeias e desata as algemas permitindo que o ser humano se torne livre.
Quem dera Deus nos desse olhos de poetas e olhos de crianças para podermos mensurar o tamanho do seu amor por nós e do mesmo modo repassá-lo a quem nos cerca. Porque tudo é uma questão de ótica.
Caro ouvinte, o que você enxerga quando abre sua Bíblia? Saiba que a Bíblia apresenta o relato de um Deus de amor, que nos ama tão intensamente que se ofereceu por nós. O que me causa muita estranheza é perceber que muitas pessoas abrem suas Bíblias e não enxergam isso: que Deus é amor e sua mensagem é uma mensagem de amor. Pense nisso e olhe para sua Bíblia com outros olhos. Amém!

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Jeremias 18


BARRO MOLHADO
*P. Edivaldo Rocha

O Salmo 2:8 expressa: “com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro.” Essa passagem complementa o verso sete que é bem conhecido de toda igreja – “pede-me e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão.” Significando que, aquele que busca o Senhor herdará as terras do opressor e poderá fazer com ela o que quiser. Mas não é sobre isso que refletiremos nessa noite. Refletiremos na segunda parte do verso oito que fala do vaso de oleiro.
Nessa narrativa, o vaso aparece como algo que pode ser quebrado com muita facilidade. Disso não duvidamos, pois uma pedra, um pedaço qualquer de madeira, uma barra de metal, ou uma esfera de metal e uma baleadeira reduzem uma jarra feita de barro a cacos com um só golpe.
Um vaso ou um jarro é destruído com facilidade por conta de seu estado sólido. Todos aqui sabem que um jarro de barro tem duas matérias primas: água e o barro. Os dois são misturados, formando uma massa que é modelada e posta no forno. Depois de determinado tempo, está pronto o jarro, conforme o gosto do cliente e do oleiro.
O que causa estranheza é que depois de todo esse processo, o barro fica muito menos resistente que antes do aquecimento. O barro quando está molhado, por mais estranho que possa parecer, é mais resistente que depois de aquecido.
Faça o mesmo teste da pedra, do pedaço de madeira, da barra de metal e da esfera de metal com a baleadeira no barro molhado e comprove o resultado. Podemos bater, bater e bater e atirar objetos contra o barro molhado e o que teremos será apenas um afastamento. Antes e depois de atingido ele continuará sendo barro molhado. Diferente do vaso de barro, que depois de atingido se tornará cacos, ou pó.
Cerca de 600 anos a.C., o profeta Jeremias aprendeu uma lição semelhante, quando se dispôs a ir a um lugar que fabricava jarros. O texto narra o seguinte: (fazer leitura de Jr 18: 1-6).
Com base nessa passagem, falarei sobre dois tipos de crentes.
*             CORAÇÃO ENDURECIDO
O primeiro deles é o crente que se deixa endurecer, como se outrora fosse barro molhado que passou pelo forno aquecido. Esse tipo de crente um dia permitiu que o Senhor, todo poderoso modelasse a sua vida, conforme a vontade divina. O passar do tempo foi como uma fornalha que retira a umidade espiritual. Pois o crente precisa ser molhado regularmente pelo Rio de Água Viva, que a ação de Jesus em sua vida, a fim de permanecer sempre flexível, moldável a vontade de seu Deus.
Não são poucos os momentos que nos fazem endurecer o coração. Muitas vezes a hostilidade de um irmão para com outro, a falta de exercício da fé e o descuidado com a obra do Senhor faz com que o crente endureça o coração. Um crente com o coração endurecido é semelhante a um jarro de barro que passa pelo fogo. Ele chega a um estado de solidez que o faz pensar que será resistente a qualquer coisa, mas na realidade, quando é atacado com as armas que o inimigo usa contra o povo de Deus, esse tipo de crente é destruído, é quebrado, é estilhaçado, é feito pó.
Sei que quando decodificamos essa analogia, parece uma cena triste de se ver. Contudo, é o fim daquele que se deixou endurecer. Inúmeras vezes, quando Deus se dirigiu ao povo, ele disse, “não endureçais o vosso coração”, porque um coração endurecido não contempla a vontade de Deus. No juízo final, aqueles que têm um coração desse tipo lamentarão e chorarão na sua arrogância.
*             CORAÇÃO MALEÁVEL
Por outro lado, o crente que tem um coração maleável, flexível é como um vaso na mão do oleiro, que ao sinal de qualquer imperfeição é desmanchado e reedificado, tornando-se um novo utensílio.
Para aqueles que acham que ser desmanchado por Deus é algo desagradável, eu só tenho a dizer que esses não sabem o que dizem, porque não há nada melhor que ter a mão do Senhor trabalhando em nossas vidas, não há nada melhor que ser modelado pelo próprio Deus.
Uma das vantagens de ser barro molhado na mão do Senhor é ter a certeza que ele não nos lançará fora. O oleiro não desperdiça seu material, por isso é que ele quando vê um defeito em sua confecção, ele desmancha e torna a fazer outro vaso, porque o barro molhado é precioso para ele. O barro molhado acaba por ser mais resistente que o barro endurecido, pois ele pode ser pisado e amassado, mas não deixa de ser barro, diferente do barro endurecido que quando é atacado, vira cacos.
Esta noite, percebemos a realidade de dois tipos de crentes: uma que não é tão agradável de conceber, pelo sofrimento que os ataques do inimigo lhe impõem; a realidade do barro molhado é totalmente diferente, é a realidade daquele que não se afasta da vontade do Senhor, é aquele que não se afasta do trabalhar de suas mãos. O barro feito jarro quando passa pelo fogo, sai da mão do oleiro e vai para a mão de quem comprar. O barro molhado sempre fica na mão do oleiro.
Escolhamos, pois, estar sempre nas mãos do oleiro, que é o nosso Deus, para que ele modele a nossa vida de acordo com sua vontade. Amém!

Salmo 116:8


PROTEÇÃO CONTÍNUA
*Pr. Edivaldo Rocha

            Você já parou para pensar sobre o que Deus pode fazer na vida daquele que o busca com todo o coração? É fato que muitos só param para pensar nisto quando estão passando por situações em que uma intervenção do divino é extremamente necessária. Pensar em Deus só nos momentos de aflição é o mesmo que pensar no extintor de incêndio na hora do fogo. Se o construtor de um edifício não pensar em medidas preventivas com antecedência, no dia de um incêndio, por exemplo, não se encontrará os extintores. Mas há uma grande diferença entre Deus e os extintores ou qualquer outro material de prevenção de acidentes. Esses materiais só estarão disponíveis se nós o colocarmos nos seus devidos lugares.
            Nós com certeza acharemos o Senhor nos momentos de angústias se um dia o guardamos dentro de nossos corações. A diferença entre Deus e esses materiais de prevenção de acidentes é que eles só estarão lá se nós os colocarmos com antecedência, Deus não. Mesmo que Deus não esteja no local devido, nos momentos de angústias ele vem ao nosso encontro. Talvez seja por contemplar isso que o profeta Jeremias disse “Ó SENHOR, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da angústia!” (Jr 16:9).
            O Salmo 116:8 fala de um Deus que quando habita na vida de uma pessoa, ele faz transformações. E não só isso. Ele se antecipa aos infortúnios e livra aqueles que o temem.
            Acompanhem passo a passo o que diz o verso 8 do salmo 116.
1- “Pois livraste da morte a minha alma”
            Romanos 6:23 diz que o “salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna”.  Esse verso fala do fim que o pecado proporciona para nós que o herdamos. O fim é a morte. Contudo o cuidado de Deus é tão maravilhoso que ele nos deu alguém que venceu a morte: o seu nome é Jesus. E todos aqueles que seguem a Jesus podem ter a certeza que a morte será vencida, pois em Jesus, Deus livrou a nossa alma da morte, mediante a sua graça, porque pela graça somos salvos.
2- “das lágrimas, os meus olhos”
            O que é que nos faz chorar? O que te faz chorar? É o marido? A esposa? O filho (a)? As contas? O desemprego? A doença? Quantas lágrimas não caem no chão da igreja? Quantas lágrimas não correm pelos rostos quando estamos trancados em nosso quarto. Mas mesmo assim muitas lágrimas deixam de cair, porque Deus livra nossos olhos delas. E para aquelas que ainda teimam em rolar por nossos rostos ele nos deixou a promessa: “ele enxugará dos olhos toda a lágrima (Ap 22:7).
            Eu acredito que Deus manda seus anjos montarem guarda a nossa volta e por conta disso, males que estavam para nos sobrevir são impedidos no meio do caminho: essa ação eu costumo chamar de livramento invisível. Ou seja, são aqueles livramentos que nem nos damos conta que ocorreram. Entretanto, nem por isso eles deixaram de acontecer. E por que Deus nos livra, mesmo sem nos demos conta? Para livrar os olhos das lágrimas. Para que a tristeza e o sofrimento não abalem a nossa fé.
3- “da queda, os meus pés
            A palavra “queda” deve ser entendida nesse contexto como fracassar, errar, falhar diante dos homens e diante também de Deus. O salmo 119:105 diz “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos.” Lâmpada para os pés é ter a certeza de trilhar caminhos iluminados, mesmo que não sejam aplainados. Deus ilumina nosso caminho para livrar nossos pés da queda, porque são os nossos pés que nos mantém em pé, para encararmos todos os desafios que a vida nos impõe.
            Em suma o cuidado do Senhor sobre nossas vidas é a garantia de proteção 24 horas por dia, sete dias por semana. E para dispor disso, basta que o busquemos com toda a nossa força e de toda a nossa alma. Esforcemo-nos por invocar o nome do Senhor enquanto é tempo e quando chegar o dia mal, o dia da provação estaremos seguros, pois o Senhor "livrou da morte a nossa alma, das lágrimas, os nossos olhos, da queda, os nossos pés”. Amém!