sábado, 31 de dezembro de 2011

CULTIVE SEU 2012 E SEJA FELIZ!

INSTANTES COM DEUS

26 –  “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmo 90:12)
Não permita que o tempo passe sem que você perceba. Calcule os seus passos, projete o seu futuro, aproveite as oportunidades. Que o ano de 2012 seja um ano de bênçãos, mas aprenda logo de saída, 2012 será um ano de bênçãos para aqueles que sabem cultivar bênçãos. Afinal, qual agricultor colherá primeiro os frutos, aquele que espera chover para plantar ou o que planta e espera chover? Acredito que o que planta e espera chover tem mais chances de dispor mais rápido dos frutos da terra que o outro. Que em 2012 possamos preparar a terra, lançar sementes e confiar que o senhor dará o crescimento. FELIZ 2012!
Pr. Edivaldo Rocha

Acesse também: http://instantescomdeus.wordpress.com

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2º LIVRO DAS CRÔNICAS 7:15

INSTANTES COM DEUS

25 – “Estarão abertos os meus olhos e atentos os meus ouvidos à oração que se fizer neste lugar” (2º Livro das Crônicas 7:15 ARA)
Quando o Grande Templo de Salomão foi construído, Deus fez a promessa de estar com seus olhos e ouvidos atentos às orações feitas naquele lugar. O que resta desse templo é uma parede, chamada de Muro das Lamentações. Porém Deus ainda continua atento às orações de seus filhos. E não importa se eles estão em Jerusalém ou no interior da Bahia, porque não o lugar que importa, e sim as pessoas.
Pr. Edivaldo Rocha
Acesse também: http://instantescomdeus.wordpress.com

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

E 2012?


COMO FOI E COMO SERÁ DEPENDE DE VOCÊ
*Pr. Edivaldo Rocha

“Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Sl 90:12)

            Chegamos ao final de mais um ano e creio que muitos já avaliam o que este ano representou em sua vida. A cada dia que passa temos a oportunidade de olhar para trás e rever as nossas ações de modo a projetar melhor o nosso futuro. Quando abrimos mão dessa avaliação começamos a acumular um dia sobre o outro e em determinado momento nos damos conta que um dado período de tempo passou sem muita significância para nós.
            É tão triste quando chegamos ao final de mais um ano e percebemos que os 365 dias passados foram apenas um amontoado de dias que pouco representaram. Por outro lado, quando não perdemos a noção do tempo e avaliamos constantemente os nossos passos notamos que todo acontecimento serviu a um propósito em nossas vidas. Até mesmo os episódios negativos podem dar algum lucro quando sabemos aproveitar bem as situações. Deus sempre nos dá condições de tirarmos boas lições dos momentos de provação. As provações nos deixam mais fortes, mais experientes, mais seguros.
E o que diremos dos bons momentos?
            Ao avaliarmos corriqueiramente os nossos dias vemos os bons momentos como consequência de projetos bem sucedidos.
            Se projetamos uma reforma e concluímos, dizemos que foi bom, que foi o momento oportuno para fazê-la; se investimos em uma profissão e na preparação para tal desempenhamos bem o nosso papel, reforçamos a certeza de continuar em frente. Se pensamos em casar e tudo coopera para o grande dia, logo deduzimos que estamos indo bem. Se nos esforçamos e matriculamos os filhos em escolas que oferecem um melhor conteúdo e ao checar as notas azuis no boletim, contatamos que o investimento e sacrifício foram válidos.
            Enfim, só temos condições de nos alegrar com essas coisas, quando prestamos a atenção naquilo que estamos fazendo. Há um perigo muito grande em deixar passar os dias sem muita noção daquilo que está acontecendo. Há um enorme risco de se chegar Ao fim do ano e constatar que o ano que passou foi em vão.
            O poeta no salmo noventa pede a Deus que o ensine a contar os seus dias, a fim de alcançar um coração sábio. Tenho certeza que quando o cantor Zeca Pagodinho canta o refrão “deixa a vida me levar” ele não está proferindo uma filosofia de vida. Ele certamente sabe muito bem o agente que deve contratar, que contratos deve assinar, que investimentos deve fazer. Talvez o que ele cante seja algo para os outros e não necessariamente para si mesmo.
            O problema é que tem muita gente vem acreditando em letras de músicas como essa e vivem empurrando a vida com a barriga. E ainda dizem “seja o que Deus quiser”. Quer dizer que se nós agirmos desordenadamente e nos dermos mal, a culpa é de Deus?
            Estamos às portas de 2012, então, aprenda uma coisa logo de saída, Deus realizará por nós aquilo que está além do nosso alcance, mas o que cabe a nós fazermos, façamos conforme as nossas forças (Ec 9:10).
            Se 2011 não foi um ano bom, deixemo-no para trás, se foi um ano bom, um ano de realizações levemos suas bênçãos para o próximo ano.
Que entremos em 2012 cheios de projetos, cheios de alvos a atingir, mas não nos esqueçamos de colocar os nossos corações nas mãos do Senhor para que nossos planos sejam planos aprovados por Deus.
2012 será um ano de bênçãos para aqueles que sabem cultivar bênçãos. Afinal, qual agricultor colherá os frutos? aquele que espera chover para plantar ou o que planta e espera chover? Acredito que o que planta e espera chover tem mais chances de dispor mais rápido dos frutos da terra que o outro.
Que em 2012 possamos preparar a terra, lançar sementes e confiar que o senhor dará o crescimento. FELIZ 2012!


SOFONIAS 3:9

INSTANTES COM DEUS

24 – “Então purificarei os lábios dos povos para que todos eles invoquem o nome do Senhor e o sirvam de comum acordo” (Profeta Sofonias 3:9)
Esse trecho que destacamos hoje é um recorte de uma profecia que fala da destruição de nações corruptas que abandonaram a virtude, dedicando as mais variadas iniquidades.  Mesmo diante disso Deus mantém uma postura salvífica na qual promete purificar os povos, a fim de preservar-lhes a vida. E nisso conhecemos a índole de Deus: entre punir e salvar, ele prefere salvar, mesmo que para isso tenha que se oferecer em forma de homem na cruz do calvário.
Pr. Edivaldo Rocha
Acesse também: http://instantescomdeus.wordpress.com

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

REFÚGIO - SÓ EM DEUS - Sl 91:9-10


INSTANTES COM DEUS
23 – “Se você fizer do Altíssimo o seu abrigo, do Senhor o seu refúgio, nenhum mal o atingirá, desgraça alguma chegará à sua tenda” (Salmo 91:9-10 NVI)
Podemos encontrar várias coisas na Internet: conhecimento, entretenimento, amizades etc. Mas ela nunca será um refúgio. Muitas pessoas passam horas fio conectadas à Internet tentando fugir da realidade que as cerca, porém, mais cedo ou mais tarde descobrirão que ainda há um vazio. Se você se sente assim, acredito que seja o momento de desligar o computador e orar a Deus que pode nos dar um verdadeiro refúgio. Considere isso!
Pr. Edivaldo Rocha
Acesse também: http://instantescomdeus.wordpress.com

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

DEUS SEMPRE NOS DÁ UM NOVO AMANHECER - SORRIA!



22 – “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã” (Salmo 30:5bRC)
SORRIA! HOJE É UM NOVO DIA. Não importa quão difícil foram os dias passados, lembre-se que Deus sempre nos dá a dádiva de um novo amanhecer.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

LIGUE-SE EM DEUS


– 21 – “O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz” (Livros dos Números 6:26)
Poderíamos conquistar tudo nessa vida, mas se não pudéssemos reclinar a cabeça sobre o travesseiro em paz, nada adiantaria. Coloque o Senhor nos seus planos e tenha a certeza que a paz de Deus te acompanhará.

domingo, 25 de dezembro de 2011

TEMPO DE CELEBRAR A JESUS


– 20 – “A virgem ficará grávida e dará à Luz um filho, e lhe chamarão Emanuel, que significa ‘Deus conosco’” (Evangelho de Mateus 1:23 NVI)
Natal é tempo de celebrar a Jesus; é tempo de celebrar o Deus que se fez carne e habitou em nosso meio; é tempo de celebrar o menino que nasceu em Belém; é tempo de celebrar a Salvação. E qualquer coisa que destoe disto, não é Natal. FELIZ NATAL A TODOS!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

MURAL INSTANTES COM DEUS 13 A 19/12/2011


13/12/2011  8 – “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus” (Evangelho de Mateus 5:9 NVI)
No trabalho, nas escolas, nas faculdades, na vizinhança há sempre aqueles que incitam as contendas. Esses se valem de comentários maldosos, calúnias e artimanhas para perturbar a paz alheia – parece que o único prazer deles é ver o circo pegar fogo. Por outro lado, há aqueles que promovem a paz. Geralmente não são somente pessoas pacatas, e sim incentivadores e promotores de bons sentimentos; são aqueles que têm uma palavra amiga, um ombro disponível, um olhar dócil. A nossa oração é que os filhos de Deus exerçam o seu papel de pacificadores, a fim de minimizar os efeitos daqueles que inspiram contendas.
 
14/12/2011  9- “O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza à mãe” (Provérbios de Salomão 10:1 NVI)
Acredito que o erro faz parte do aprendizado. Alguém também já disse que ‘errar é humano’; mas outra coisa também é certa: viver errando o tempo todo não é sinal de maior humanidade, e sim tolice; é incapacidade de aprender com as situações que a vida proporciona. No fim das contas, para a vida valer a pena, temos que somar um percentual muito maior de acertos que de erros e alcançamos isso exercitando a prudência. Pense nisso!
 
15/12/2011  10 – “Deus te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o Senhor pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com teu Deus” (Profeta Miquéias 6:8 ARA)
Ser cristão é muito mais que ir à igreja nos fins de semana. Ser cristão é muito mais ser um colaborador financeiro da obra de Deus. Ser cristão é muito mais que andar de terno e gravata por ai com a Bíblia debaixo do braço. Se a justiça, o amor e a humildade não fizerem parte do seu dia a dia essa pessoa não é cristã. Se desejamos realmente agradar a Deus, devemos praticar a piedade.
 
16/12/2011  11 – “Deus, antes eu te conhecia só de ouvir , mas agora os meus olhos te vêem” (Livro de Jó 42:5 ARA)
Ouvir falar do que Deus tem feito na vida dos outros é maravilhoso. Ter a sua própria experiência com Deus... Isso não tem preço.
 
17/12/2011  12 – “Aprendi o segredo de viver contente em toda e qualquer situação, seja bem alimentado, seja com fome, tendo muito, ou passando necessidade. Tudo posso naquele que me fortalece” (Carta de Paulo aos Filipenses 4:12-13).
Acho muito coerente o trocadilho que diz: o pouco com Deus é muito e o muito sem Deus não é nada. Felicidade, paz de espírito, amor, salvação e outros atributos semelhantes não são conquistados pelo dinheiro, mas são ofertados gratuitamente pelo Deus que nos fortalece.
 
18/12/2011  13 – “O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força” (Eclesiastes 9:10a NVI)
Não durma no ponto! A vida passa mais rápido demais.
 
19/12/2011  14 – “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor” (Profeta Oséias 6:3a  ARA)
O boxeador Evander Holyfield disse que um lutador é lembrado por sua última luta. Se venceu, será lembrado assim, se perdeu em sua última luta é essa a memória que terão dele. A vida cristã funciona de modo semelhante, diante disso, qual a lembrança que estão tendo de nós?
Que a recordação que as pessoas têm a nosso respeito seja de servos que prosseguem em conhecer ao Senhor.
Pr. Edivaldo Rocha
Acesse também: http://instantescomdeus.wordpress.com
 

QUEM É VOCÊ QUANDO NINGUÉM ESTÁ OLHANDO?

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

POEMA

Motivo Para Cantar
 
Eu canto, porque o Senhor existe.
Sem ele minha vida é incompleta.
Sou alegre, não triste,
pois de Cristo sou atleta
 
Nas intempéries não arredias
sinto a proteção do meu Senhor.
Atravesso noite e dias
dedicando-lhe meu louvor.
 
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
eu sei que Deus é o porto em que fico
pois me protege a cada passo.
 
Por isso canto. E a canção é tudo.
Ela jamais terá fim,
porque em outro mundo
Eu cantarei tal qual um querubim.
 
Por Edivaldo Rocha
Inspirado no poema “Motivo” de Cecília Meireles

INSTANTES COM DEUS

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

MURAL DO INSTANTES COM DEUS 6 A 12/12/2011


INSTANTES COM DEUS
 
06/12/2011  1- "Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (Jo 8:32)
Uma libertação que o Evangelho promove é a libertação da alienação. Onde há alienação não há Evangelho.
 
07/12/2011  2- “Aqueles que semeiam com lágrimas, com cantos de alegria colherão” Sl 126:5
Aprenda logo de saída, a vida às vezes pode ser muito dura, mas aqueles que continuam trabalhando, aqueles que continuam persistindo alcançarão sua recompensa. Continue tentando, tudo vai dar certo!
 
08/12/2011  3 “Há um momento para tudo e um tempo para todo propósito debaixo do céu” (Eclesiastes 3:1).
Dia a dia temos a oportunidade de usarmos o nosso tempo para exercer a solidariedade. Hoje nós podemos fazer algo bom para quem está a nossa volta. Se fizermos isso, garanto que nos sentiremos muito bem! Que tal experimentar?
 
09/12/2011  4 – “Disse Deus: Clama a mim e eu responderei” (Profeta Jeremias 33:3a)
  Há muitas pessoas que pensam que Deus não escuta todas as orações que lhe dirigimos. Na realidade, ele escuta e responde. O problema é que nem sempre a resposta é aquela que esperávamos. E por que o Senhor nem sempre nos dá aquilo que pedimos? É simples: Ele quer sempre o melhor para nós, mesmo que não compreendamos de imediato.
 
10/12/2011  5 – “Ana se levantou e, com a alma amargurada, chorou muito e orou ao Senhor” (1º Samuel 9b e 10).
            Se algum dia a tristeza, a solidão, o desespero, a angústia baterem na tua porta, clame a Deus! Ele com certeza te ouvirá e enviará o alento que levantará o seu ânimo.
 
11/12/2011  6 – “A tua palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz que clareia o meu caminho” (Salmo 119:105)
O que orienta os seus passos dia a dia? Deixe que a Palavra do Senhor te mostre um caminho ameno em trilhas verdejantes que conduzem a águas tranquilas.
FELIZ DIA DA BÍBLIA! (2º domingo de dezembro)
 
12/12/2011  7 – “Tu és o Deus que me vê” (Gênesis 16:13b)
A Bíblia narra que Agar, uma serva de Abraão, foi a primeira mulher a dar um nome a Deus. Ela o chamou de El Ra’y – o Deus que me vê. Na ocasião, Agar estava sobremodo aflita, mas Deus enviou-lhe um anjo que lhe falou ao coração.
Ao lermos a história de Agar, sentimos renovar as nossas forças por saber que temos um Deus que nos vê, independente das circunstâncias. E se hoje passamos por momentos difíceis, mantemos a esperança que amanhã será bem melhor, porque Deus é um Deus que nos vê – El Ra’y.

domingo, 27 de novembro de 2011

MINISTÉRIO DE DANÇA KOINONIA E ADORAÇÃO - EVANGELIZAÇÃO COM ARTE

EVANGELIZAÇÃO COM ARTE É POSSÍVEL?
Festival de Artes IBCI 2011
 *Pr. Edivaldo Rocha

Há um tempo classificavam a arte sete categorias: pintura, escultura, música, dança, teatro, literatura e a mais recente, cinema. Hoje, a essas agruparam mais quatro categorias: fotografia, vídeo game, história em quadrinhos e computação gráfica em 3D. Cada uma dessas categorias traz junto a sua prática elementos que representam os sentimentos, as ideias, as sensações – arte é expressão. 
Atrelada a essa definição temos a arte como o exercício de um dom. E quando entendemos dessa maneira percebemos que as sete (ou onze) categorias não são suficientes para determinar cada exercício de dom.
Há pessoas que fazem do ensino uma arte; há pessoas que fazem de um ofício profissional uma arte; há pessoas que tornam o encadear de palavras em um discurso uma arte; outras misturam ervas e temperos com tamanha maestria que os alimentos deixam de ser objetos comestíveis para serem objetos apreciáveis.
Qualquer construtor pode edificar um prédio, mas nem todos conseguem edificar uma catedral dessas que acabamos de ver? Um pintor pode pintar centenas de metros de parede sem se cansar, mas quantos conseguem reproduzir a Capela Sistina?
Diante dessas considerações cabe-nos a pergunta: quando uma atividade que fazemos deixa de ser banal para se tornar uma expressão artística?
Muitos dizem que há uma linha tênue entre o comum e o extraordinário; entre o banal e o excepcional. O problema que nem todos sabem precisar onde está essa linha que divide esses dois extremos. Mas de uma coisa podemos ter certeza, uma atividade deixa de ser comum quando ela alcança resultado que poucos conseguem reproduzir. Se qualquer pintor de feira conseguisse reproduzir a Capela Sistina, talvez ela não fosse considerada uma obra extraordinária.
Contudo, ao falarmos de arte e religião, precisamos fazer outra pergunta: quando é que ela deixa de ser profana para ser sacra?
Certa ocasião li um comentário de Giorgio Agaben que falava acerca da sacralização dos objetos na museologia. Por exemplo, um banco desses é apenas um banco de igreja por conta do seu uso. Mas no momento que se entende que esse banco pode servir para representar uma época, um estilo, uma pessoa, retira-se esse banco do seu papel usual (que é acomodar as pessoas que vêm à igreja) e lhe confere um status de símbolo. Com isso se sacralizou esse objeto do ponto de vista museológico – notem que não tem nada com o sagrado religioso. Mas a ideia é a mesma entre o sagrado e o profano da religião, ou seja, uma prática deixa de ser profana quando a ela é instituída o caráter simbólico da religião.
Esse caminho profano-sagrado / sagrado-profano foi percorrido pelos cristãos desde o início da igreja. Houve um tempo em que os cristãos foram perseguidos pelo Império Romano. Muitos passaram a morar nas catacumbas subterrâneas de Roma. Com o tempo, esses cristãos começaram a desenhar as paredes. Não demorou muito para perceberem naqueles desenhos reflexos da fé de um povo perseguido. O que hoje poderia ser considerado vandalismo, foi considerado na época a expressão da igreja perseguida.
As imagens que vimos mostram que a arte foi utilizada para representar a fé cristã em diversas ocasiões e de diversas formas. Na Idade Média, o teatro foi utilizado para propagar a fé cristã; o canto e a utilização de instrumentos passaram a compor parte da liturgia em alguns seguimentos da Igreja.
O problema é que muitos objetos e práticas deixaram de ser recursos para expressar a fé e tornaram-se objetos de veneração.
O caminho inverso também aconteceu. Certa vez, a Drª. Joyce Clayton, professora do Seminário Batista do Norte do Brasil, perguntou se os alunos sabiam os motivos das igrejas evangélicas não possuírem sinos, torres e cruzes. Diante da resposta negativa dos alunos, ela explicou que houve um momento em que a Igreja Católica exercia pesada influência sobre o governo. E como ela não podia impedir que missões evangélicas estrangeiras abrissem igrejas aqui no Brasil, a Igreja Católica conseguiu impor regras para as novas construções: entre essas regras estava a proibição de se construir torres, de se usar sinos e cruzes para identificar as construções como igreja. Em contrapartida, os evangélicos, por não poderem usar, começaram a repudiar esses elementos. Na Europa, muitas igrejas evangélicas possuem torres, sinos, os pastores usam batinas tal qual na Igreja Católica.
Alguns músicos dizem que a melodia do hino Castelo Forte outrora fora tocada nos cabarés da Alemanha. Lutero teria aproveitado a melodia e escrito uma letra nova.
Creio que seja por conta dessa via de mão dupla que ora sacraliza as práticas e os objetos, ora profana, que muitas igrejas contemporâneas reprimem as expressões artísticas dentro dos templos e no dia-a-dia da igreja. Por isso, do ponto de vista de produção de arte para ser admirada, os protestantes brasileiros deixam muito a desejar. Há igrejas em que até o bater palmas é considerado profano. Mas ainda temos uma pergunta:
é possível evangelizar através da arte?
Acredito que sim. Desde que a expressão artística, seja ela música, dança, interpretação, pintura, fotografia (que hoje circula muito na Internet), etc., seja uma ferramenta, seja um meio de expressar o amor de Deus. Essas práticas e habilidades jamais devem ser encaradas com um fim em si mesmas e longe de nós torná-las objeto de adoração ou veneração.
Elas precisam ser um veículo que mostre a nossa perfeita adoração, pois:
“Vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (Jo 4:23).
            Esses adoradores adorarão a Deus com as mais variadas formas de expressão, entendendo que o seu talento, o seu dom é um presente de Deus e oferece uma linguagem impar para declarar o amor divino.
            Lembremo-nos também o que diz o apóstolo Paulo – 1Co 10:13 – “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus”.
Tomando esses cuidados, a nossa arte chegará diante de Deus com cheiro suave e conseguirá sensibilizar as pessoas para a glória de Deus. Amém!

domingo, 30 de outubro de 2011

NA FILA DE ESPERA
Quando renovar é preciso
 *Pr. Edivaldo Rocha

            Quando entrei no site da igreja para ficar a par da divisa do congresso que a Juventude da Igreja Batista Central do Ibura escolheu, fiquei muito empolgado com a qualidade dos cartazes, as imagens selecionadas, o nome e sobretudo com a divisa escolhida:
 

"Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne." (Ez 36.26)

 

              Ao constatar a ideia central dessa passagem, não pude deixar de pensar na cena que ela pode nos remeter: quando li que Deus promete trocar o coração de pedra por um coração de carne, vislumbrei a cena da realização de um transplante. Pois o que é um transplante? Na maioria dos casos, é a troca de órgão por outro – no texto bíblico, temos a ideia da retirada um coração de pedra, a fim de substituí-lo por um de carne.

            É claro que o texto bíblico não trata dessa questão de modo literal. Essas associações que fazemos, ocorrem por conta de uma característica própria da língua hebraica: o antropomorfismo. Deixem-me esclarecer esse termo.

            Certa ocasião, o professor Marcos Bittencourt (STBNB), ao ministrar uma aula da língua hebraica, afirmou que o hebraico é uma língua predominantemente antropomórfica, ou seja, é uma maneira de explicar ou atribui a Deus e às coisas características e comportamentos humanos. É por essa razão que o salmista quando quer expressar que o seu espírito só encontra plenitude ao se conectar com Deus, ele diz “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim, por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus” (Sl 42:1-2a). Notem as expressões: suspirar e sede que são própria do comportamento humano utilizadas para explicar uma necessidade espiritual.

E é por essa característica idiomática também, que o autor do livro de Ezequiel utiliza essa figura do coração de pedra para expressar que o ser humano não está vivendo conforme a palavra de Deus, que não atenta mais para uma vida de santidade. O coração de pedra representa a autonomia que o ser humano quer manter em relação a Deus, esquecendo-se que cada vez que o ser humano tenta ser autônomo em relação a Deus, ele se torna escravo do pecado.

            No livro de Ezequiel, a palavra coração aparece trinta e cinco vezes e a combinação coração de pedra aparece duas vezes. A outra ocasião é no capítulo 11:19, “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne”.

            E novamente aqui aparece aquela ideia de transplante: tirar um órgão com problema, para por outro no lugar.

Quando preparava essa reflexão, pesquisei em paralelo algumas coisas a respeito do transplante de órgãos e constatei três aspectos que servem de ilustração para essa passagem bíblica.

1-     Os motivos que levam ao transplante

O primeiro aspecto que nos serve de ilustração gira em torno dos motivos que levam uma pessoa a precisar de um transplante. Dos vários que podemos elencar, selecionamos apenas os mais frequentes:

    Hereditariedade: várias pessoas tornam-se necessitadas de um transplante por conta de uma herança familiar. Essa talvez seja uma herança que ninguém entre na justiça para ter direito a ela. Quantas pessoas não herdam de seus pais a tendência ao diabetes e à hipertensão arterial e com a falta dos devidos cuidados acabam se tornando potenciais candidatos a um transplante de rim. É claro que nem todo transplante de rim é causado por esses motivos e nem todo diabético ou hipertenso precisará de um transplante, mas algumas heranças como essas podem causar em nós a necessidade de trocarmos um órgão. E quando pensamos na questão da hereditariedade, não temos como deixar de pensar que no plano espiritual um dos motivos que faz com que Deus troque o nosso coração é a hereditariedade do pecado. Gostaria que todos fossem muito lúcidos nesse aspecto em particular para não chegar diante de uma pessoa na fila de espera de um transplante e dizer que ela está em pecado. Quero que todos entendam que falo do Pecado Original que a raça humana traz entranhada no seu DNA, porque o pecado gera a morte e a morte só quer uma desculpa. Quando Deus chama o seu profeta Ezequiel e revela que o povo precisa se submeter a um transplante espiritual é porque ele sabe que a herança do pecado comprometeu a saúde espiritual do coração humano.

 

Traumas violentos: os especialistas também afirmam que um outro motivo que faz com que as pessoas necessitem de transplante é terem sofrido algum acidente que comprometeu o bom funcionamento de um órgão. Pensando nessa informação, lembrei de muitas pessoas que passaram enormes traumas emocionais e com isso acabaram se fechando para a família, para os amigos e até para Deus. A dor provocada por sentimentos feridos faz com que muitas pessoas criem mecanismos de proteção, faz com que criem barreiras emocionais a fim de não deixarem-se envolver emocionalmente com mais ninguém (quando falo envolvimento emocional, falo daquele positivo, pois quem se fecha para os outros também manifesta alguns tipos de emoção, às vezes ódio, às vezes mágoa e o pior de todos eles, a apatia ou a indiferença). Nesse aspecto, temos que ter cuidado com nossas ações, pois às vezes magoamos de tal forma as pessoas, os parentes, os irmãos em Cristo que essas eles acabam se fechando até para Deus – muitas vezes provocamos tantos traumas e por isso aqueles que estão à nossa volta desenvolvem aquela patologia espiritual chamada coração de pedra. E esse coração, só Deus pode remover. 


 

   Medicamentos e drogas – por conta dos problemas hereditários, muitas pessoas são obrigadas a tomar vários medicamentos por dia. E medicamento é uma faca de dois gumes: ajuda de um lado e prejudica de outro; combate a dor de cabeça, mas compromete o estomago; serve para controlar os níveis de glicose, mas compromete os rins. E fazendo outra analogia com a questão do Pecado Original que nos é passado por hereditariedade, vejamos quantas pessoas não procuram remédios para sua dor espiritual, quantas pessoas não tentam tratamentos dos mais diversos e final das contas só comprometem mais e mais a sua sensibilidade espiritual em relação a Deus. Há pessoas que procuram paliativos para suas dores espirituais e nada encontram, pois só Deus tem remédio para o pecado: e o nome desse remédio é PERDÃO. As Drogas também comprometem o bom funcionamento dos órgãos. Para os traumas emocionais, que muitas vezes nós mesmos causamos, algumas pessoas tentam encontrar consolo nas drogas e temos que reconhecer o infeliz trocadilho de pedra em pedra elas endurecem os seus corações.

 2-      O procedimento – a cirurgia propriamente dita

O capítulo trinta e seis do livro do profeta Ezequiel mostra que Deus fez um diagnóstico dos vários motivos que fizeram o coração do seu povo enrijecer, entre eles temos: a impureza física e espiritual, idolatria, profanação do nome de Deus (v. 17-20).

Diante disso, Deus constatou que a única medida a ser tomada era o transplante. Então, através do profeta ele disse:

"Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne." (Ez 36.26)

 

Essa cirurgia tinha como objetivo uma melhor qualidade espiritual de vida, que consequentemente se refletiria na vida física. Deus desejava que seu povo voltasse a ser consagrado, voltasse a ser puro, voltasse a ter um espírito reto, voltasse a ser livre (v. 22-29).

O interessante é que diante de um procedimento de transplante várias coisas são analisadas, dentre elas o TEMPO.

Chega um momento, ou a idade, em que não é mais viável fazer um transplante, porque a expectativa de vida é mínima. É claro que do ponto de vista espiritual, enquanto há vida, há esperança. Contudo, quem sabe quanto tempo vida ainda tem? O profeta Isaías disse “Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto” (Is 55:6).  

 

3-      O pós-operatório

Há muitos que pensam que em relação aos transplantes é só entrar em uma fila de espera e ter a sorte de ser contemplado a tempo que tudo está resolvido. Há um outro elemento chamado pós-operatório que é decisivo para alguém transplantado. Há a necessidade de muitos cuidados.

Primeiro o recém-transplantado precisará ter cuidado com a rejeição do novo órgão. Um órgão novo é sempre estranho ao corpo de quem recebe. Com base nisso, podemos inferir que um coração novo da parte de Deus também corre o risco de ser rejeitado em nossas vidas por conta do pecado que torna estranho tudo que é puro.

Para que um órgão não seja rejeitado, o paciente precisa tomar medicações durante o resto de sua vida. E para aquele que recebe um novo coração do Pai, a medicação anti-rejeição é ORAÇÃO, LEITURA DA PALAVRA, COMUNHÃO E VIDA DE SANTIDADE.

A pessoa transplantada também precisa cuidar da dieta. Não se pode comer e beber como antes. TEMOS QUE MUDAR OS HÁBITOS. Nesse aspecto, temos o maior dos desafios.

Suponhamos que por conta do excesso do consumo de bebida alcoólica uma pessoa comprometa o seu fígado a ponto de precisar trocá-lo. Imaginemos também que esta pessoa consiga um novo órgão, mas depois de dois meses de cirurgia, volte a beber como antes, o que acontecerá? O corpo que já tem uma predisposição para a doença começará a atacar o novo órgão.

Do mesmo modo acontece em nível espiritual. Volta e meia, como crentes pedimos que Deus transforme o nosso coração; que tire o coração de pedra e ponha um de carne no lugar. Eu sei que pelo sangue de Jesus, Deus tem um estoque de corações novos e ele deseja utilizá-los em nossas vidas. O problema é que muitas vezes que Deus nos concede um coração novo, nós não abandonamos os velhos hábitos. Deus nos dá um coração novo e de carne, mas aos poucos nós vamos revestindo ele com pedras de perdição. Com pouco tempo esse novo coração é rejeitado.

É por essa razão que ao recebermos um coração espiritual novo, precisamos obedecer à dieta espiritual enriquecida com o FRUTO DO ESPÍRITO SANTO:

“amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio” (Gl 5:22-23).

            Seguindo essas recomendações, viveremos bem; viveremos para a glória de Deus e nos sentiremos renovados. Amém!

 

música especial: Renova-me por Aline Barros