domingo, 7 de agosto de 2011

MÊS DA ADOJOVEM 2011 -EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO ESPIRITUAL


ESTAIS, POIS FIRMES!
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO ESPIRITUAL
*Pr. Edivaldo Rocha

Panoramicamente, a carta de Paulo aos Efésios apresenta uma estrutura em que aponta os alicerces da fé: fala da redenção que encontramos em Cristo Jesus, a qual põe abaixo todo pecado e abre o Reino de Deus aos gentios, de modo a nos unir em ma só fé, em santidade e em amor. Em seguida, apóstolo fala dos deveres familiares e comunitários que essa fé santificada deve promover na vida daqueles que são renovados em Jesus.
Paulo antes de concluir fala aos cristãos que se encontravam na cidade de Êfeso que além da manutenção das doutrinas básicas do Evangelho, o crente precisaria estar atento a mais uma realidade que cerca a cada um de nós: as batalhas espirituais.
Hoje há muitas pessoas que menosprezam esse aspecto da vida cristã e por vezes são surpreendidos com situações das quais nunca pensaram existir. Essa talvez seja uma das estratégias do inimigo para nos pegar desprevenidos: ele tenta por em nossa cabeça a ideia que não há perigo. Quantas vezes você já não ouviu alguém dizer que o inimigo não existe? Então para que se defender se não quem ataque? Lembrem-se que a surpresa também é uma tática de guerra.
O final da Carta aos Efésios (6:10-20) fala de uma armadura que todo crente precisa usar: a Armadura de Deus.
Vimos ainda pouco a propaganda publicitária do Tribunal Superior do Trabalho a qual apresentou Devaldo dos Santos, um trabalhador da construção civil, dando um testemunho. Ele narrou que em um certo dia estava no alto de um prédio em construção a fazer algo que fazia com extrema destreza há muito anos. Sem saber como, pisou em falso em uma determinada parte do local, onde estava e... E no final do dia compartilhou com sua esposa que se não estivesse usando o devido material de proteção, naquela noite ele não voltaria para casa, pois teria caído do alto do prédio (http://www.youtube.com/watch?v=ZN8b5TMVHio).

A legislação trabalhista de nosso país é bem rígida, principalmente na área da construção civil. É claro que toda área de trabalho possui a sua regulamentação quanto ao uso do EPI (equipamento de proteção individual) e do EPC (equipamento de proteção coletiva). Há muitos empregadores que são omissos em oferecer o material apropriado para seus funcionários, pois EPI não é barato. Por outro lado, há empregadores que oferecem os materiais apropriados e têm que obrigar seus funcionários a usarem, pois não são poucos trabalhadores que dizem que preferem trabalhar sem eles, alegando incomodo e retardo na execução do serviço.
Por mais que haja omissão por parte dos patrões e negligência por parte de muitos funcionários, os equipamentos de proteção são indispensáveis para a segurança de um ambiente de trabalho.
Deus não é negligente como muitos patrões que vemos por ai. Muito pelo contrário, ele é o que mais zela pela saúde física e espiritual de seus trabalhadores. Contudo, há inúmeros trabalhadores da ceara do Senhor que teimam em não usar o “EPE – Equipamento de Proteção Espiritual”.
O EPE é a Armadura de Deus.
Como qualquer outro equipamento de proteção, a Armadura de Deus não deve ser usada de qualquer maneira. Há protocolos a serem obedecidos. É por isso que o apóstolo Paulo introduziu a Carta aos Efésios, falando das coisas básicas do Evangelho, passando para sua aplicabilidade no âmbito familiar e social, para então, falar de coisas bem maiores que temos que enfrentar.
Meus queridos Irmãos, muitos hoje não querem usar a Armadura de Deus, porque não querem pagar o preço: o preço da fé; o preço da santidade; o preço do testemunho; o preço da comunhão; o preço da evangelização; o preço da consagração. O problema é quando surgem as crises espirituais; quando o inimigo tenta nos atingir com seus dardos inflamados.
Têm muitos crentes que deixam de usar a Armadura de Deus por acharem que não mais necessário. Vocês acham que se aquele trabalhador da construção civil, protagonista daquela campanha publicitária, não usasse seus equipamentos de proteção, ele estaria no fim daquele dia junto com seus parentes? Não, ele não estaria lá.
Certo dia, assisti a um filme de ação em que um gangster entrou em uma boate para resolver alguns negócios, deixando na porta da boate um de seus capangas para montar guarda. Passado não muito tempo o capanga saiu da porta da boate e adentrou na mesma. Quando seu chefe viu que ele não estava vigiando a porta foi ao encontro dele e perguntou por que o capanga estava fora de seu posto. O capanga disse que não havia necessidade de vigiar a porta, pois não havia ninguém ali nos arredores. Então o gangster disse: — se pago a você para vigiar e você diz que não é preciso vigiar, logo eu não preciso dos seus serviços, não é verdade? (Filme Kill Bill).
Contei esse trecho do filme para dizer para vocês que se não houvesse necessidade de usarmos uma armadura, Deus não nos mandaria usar. Se não houvesse necessidade de vigiar, a Bíblia não nos diria “sede sóbrios e vigilantes, porque o inimigo anda em derredor” (1Pe 5:8)
Se na Carta de Paulo aos Efésios 6:11, Deus diz: Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo” é justamente pelo fato de ser necessário. E diante dessa necessidade há um preço a ser pago.
Ainda no capítulo seis, verso quatorze, o apóstolo nos convida a não só usarmos a Armadura de Deus, e sim usarmos com firmeza: com firmeza na oração, firmeza na fé, firmeza na comunhão, firmeza na evangelização, firmeza no testemunho, firmeza na santidade, a fim de quando chegar o dia mal, nós possamos resistir.
“Estais, pois, firmes” (Ef 6:14)
Este mês, temos esse trecho da Bíblia como Divisa. Não somente para cumprir tabela, mas para trazer a nossa memória “aquilo que pode nos trazer proteção e espiritual e física”. Que Deus nos ajude a vivermos a sua palavra

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